sexta-feira, 19 de março de 2010

Aprender a cozinhar nos tornou homens, diz antropólogo em livro que contesta Darwin

17/03/2010 - 21h59 (http://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/)

da Livraria da Folha
 
 
Considerado um dos dez melhores livros de 2009 por especialistas do "New York Times" e "Economist", "Pegando Fogo" (Jorge Zahar) propõe uma tese retumbante e desafiadora: a de que os homens só passaram a se diferenciar dos antepassados primatas quando começaram a cozinhar.

Para defender esse ponto de vista, o antropólogo biológico norte-americano Richard Wrangham obtém informações retiradas de assuntos diversos, como a teoria da evolução, a divisão de tarefas entre os sexos, a culinária e até mesmos temas como dietas e emagrecimento. Para o autor, ao contrário do que disse Darwin, passamos a cozinhar antes de nos tornar homens.

Essa "hipótese do cozimento" afirma que um antepassado imediato do homo sapiens, o homo erectus, dominou o fogo e o cozimento há cerca de 1,8 milhão de anos, permitindo que tivéssemos acesso tanto a nutrientes quanto a hábitos que nos mudariam para sempre.

Para ilustrar o tema, histórias de sobreviventes na selva e no mar, do cotidiano alimentar de esquimós e índios brasileiros, além da experiência do próprio autor, que entrou no território selvagem dos chimpanzés para viver com eles e, sobretudo, comer exatamente o que eles comem.
 

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