sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Cientistas descobriram uma espécie de enguia primitiva vivendo em uma caverna submarina nas ilhas da República de Palau, no Oceano Pacífico.

17 de agosto, 2011 http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/


A enguia tem características tão específicas que foi considerada um fóssil vivo (BBC)
 
A enguia, batizada de Protoanguilla palau, tem características anatômicas que não estão presentes em outros tipos de enguias.

A equipe de cientistas americanos, japoneses e palauenses afirma que as características da enguia sugerem que a espécie tem uma história de evolução longa e independente que se estende até 200 milhões de anos atrás. Com isso, os pesquisadores já estão chamando esta enguia de "fóssil vivo".

A enguia é uma espécie tão diferente que os cientistas tiveram que criar uma nova família taxonômica para descrever sua relação com outras enguias.

O animal usado como base para o estudo é uma fêmea de 18 centímetros de comprimento, capturada por um dos pesquisadores durante um mergulho em uma caverna a 35 metros de profundidade.

Primeiro grande predador da história tinha visão privilegiada, diz estudo

Olho do 'Anomalocaris' tinha cerca de 16 mil lentes. Parente dos atuais camarões viveu no mar há mais de 500 milhões de anos.

 07/12/2011 http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/
 

Ilustração de como seria o 'Anomalocaris' (Foto: Katrina Kenny / University of Adelaide)
 

Do G1, em São Paulo
 
A descoberta de como funcionava a visão desse animal aparece na edição desta quinta-feira (8) da revista científica “Nature”. Ela se baseia em fósseis descobertos na Ilha do Canguru, na costa da Austrália, de um animal que viveu 515 milhões de anos atrás.

O artigo é assinado por uma equipe internacional de cientistas, liderada por John Paterson, da Universidade da Nova Inglaterra, nos EUA.

O olho deste animal media entre 2 e 3 centímetros e era composto por cerca de 16 mil lentes – segundo os pesquisadores, é um dos olhos com mais lentes que já existiram. A estrutura se assemelha à das atuais libélulas.

Também por isso, a descoberta fortalece a teoria de que o Anomalocaris era um parente dos artrópodes – grupo que inclui desde insetos a caranguejos e lagostas, passando pelas aranhas.

Os cientistas disseram também que a visão desse animal era precisa e sofisticada, e serviu como uma arma para que ele se mantivesse no topo da cadeia alimentar.

Animal pré-histórico 'gaúcho' era herbívoro e tinha dentes-de-sabre

Espécie também possuía dentes no céu da boca. Fóssil foi encontrado em março de 2009, na localidade de Tiaraju.

 24/03/2011 http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/

 Ossos do Tiarajudens eccentricus mostram dente-de-sabre e dentes no interior da boca (à direita), traços que diferenciam a espécie de outros terápsidos (Foto: Cortesia Juan Carlos Cisneros)

 Desenho mostra como seria o animal, com dentes-de-sabre salientes e outros similares aos de capiravas, ideais para tritutar vegetais fibrosos. (Crédito: Cortesia Juan Carlos Cisneros)

Mário Barra Do G1, em São Paulo

"Não se conhece nenhum outro animal com esse tipo de dente que seja herbívoro neste período", afirma o paleontólogo. "Carnívoros com dentes-de-sabre até existiam, mas nenhum herbívoro. Pelo menos não nessa época tão distante."

Segundo os pesquisadores, a espécie descoberta no Rio Grande do Sul possuia o tamanho de uma anta e tinha dentes muito parecidos com os de uma capivara, porém localizados no céu da boca.

"A forma como esse animal triturava alimentos é muito diferente do que temos hoje. Ele mascava com o céu da boca, não tinha dentes nas margens, como nós e outros animais temos", explica o especialista.

Somente outras duas espécies de répteis conseguiam processar alimentos como o Tiarajudens eccentricus na época em que ele teria vivido - entre 265 milhões a 260 milhões de anos atrás.

"Isso é uma novidade evolutiva. Provavelmente esse animal tinha uma capacidade de mastigar muito boa", diz o professor.

Procura pelo animal
 
Para descobrir a ossada, a equipe de Juan Carlos Cisneros vasculhou a região de Tiaraju, próxima à cidade de São Gabriel, em busca de rochas com idade parecida com a do Tiarajudens eccentricus.

"Nada aconteceu por acaso, nós estávamos pesquisando em uma área onde ossos como esses seriam próvaveis de aparecer", diz Juan Carlos. A prospecção começou em 2008.

Após detectarem os restos conservados do terápsido em março de 2009, um trabalho de limpeza cuidadosa e colagem dos fragmentos de ossos foi feito. "Assim que o esqueleto vai sendo montado, é possível enxergar melhor as características da anatomia do animal. Aos poucos, dá para saber com que tipo de terápsido estamos lidando", afirma o cientista. "Todo esse trabalho nunca se faz em menos de um ano."

A pesquisa divulgada na publicação americana trata somente dos dentes do animal, mas Cisneros afirma que estudos posteriores com membros anteriores e inferiores já iniciaram.