sexta-feira, 23 de março de 2012

Descoberto antepassado do crocodilo que viveu há 130 milhões de anos

22/03/2012 - 10h39 http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/

 

 
Em Londres

Cientistas britânicos anunciaram a descoberta de uma nova espécie de crocodilo que teria vivido há 130 milhões de anos, após se separar dos dinossauros.

A descoberta se baseia em um crânio fossilizado que um pesquisador encontrou por acaso em 2007, nos arredores dos pântanos de Swanage, uma vila litorânea do condado de Dorset, no sul da Inglaterra, confirmou na última quarta-feira (21) à Agência Efe o principal responsável da pesquisa, Mike Benton.
Durante cinco anos, cientistas da Universidade de Bristol examinaram minuciosamente o crânio, de 1 metro de comprimento e em bom estado de conservação, e o compararam com amostras de outros espécimes.
Os pesquisadores finalmente declararam que se trata de uma nova espécie de crocodilo, um antepassado dos répteis de água salgada que viveu no Cretáceo Inferior, e o batizaram de "Goniopholis kiplingi", em homenagem a Rudyard Kipling, autor de "O Livro da Selva".

"Este novo crocodilo se parecia muito com os atuais quanto à forma e dentadura. Era um animal muito grande, embora não gigante", comentou Benton, paleontólogo da Universidade de Bristol.
O réptil, que segundo o pesquisador media entre quatro e cinco metros do nariz à ponta da cauda, se alimentava de peixes, tartarugas e, provavelmente, de pequenos dinossauros que habitavam os pântanos e lagos das florestas tropicais.

Embora outros restos do "Goniopholis" já tenham sido encontrados na Inglaterra há mais de um século, os ossos do crânio descoberto são mais alongados, além de apresentarem outras diferenças sutis em sua mandíbula superior.

"(O crânio) se trata de uma amostra bastante notável. Encontra-se em bom estado e não está esmagado, algo bastante incomum porque, na maioria dos casos, os fósseis são danificados pelas rochas", detalhou Benton.
Tecnologias avançadas de scanner e reconstrução por computador foram utilizadas na análise do fóssil para elaborar um modelo em 3D.

Segundo o paleontólogo, a descoberta ajudará os pesquisadores a calcular o número de espécies. "Parece que este crocodilo só viveu na Inglaterra. Por isso, agora sabemos que deve ter havido duas ou três espécies deste tipo naquele tempo".

O fóssil ficou exposto após um deslizamento de pedras em uma praia de Dorset, que faz parte da região conhecida como Costa Jurássica, uma área declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, que se estende ao longo do Canal da Mancha.

A partir de agora, o fóssil e sua reconstrução em 3D estarão expostos no Museu de Dorchester, sudoeste da Inglaterra.

Estudo mostra que gorilas e humanos compartilham grande número de genes

07/03/2012 - 12h08 http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/

 

Em Paris

Nossos ancestrais passaram pela divisão evolutiva com os gorilas há cerca de 10 milhões de anos, mas ainda compartilhamos um notável número de genes com o grande macaco, de acordo com um inovador estudo publicado nesta quarta-feira (7).

Um consórcio mundial de cientistas sequenciou o genoma do gorila da planície ocidental e comparou mais de 11.000 de seus genes com os dos humanos modernos, Homo sapiens, e os dos chimpanzés.
Os gorilas se separaram da linhagem humano-chimpanzé há cerca de 10 milhões de anos, e cerca de quatro milhões de anos depois homens e chimpanzés emergiram como espécies diferentes, uma ideia que coincide com as evidências fósseis.

A comparação também derruba convicções sobre similaridades entre os principais primatas, dizem os pesquisadores.

Como era esperado, humanos e chimpanzés compartilhavam a maior parte dos genes.
Mas 15% do genoma humano é mais próximo ao genoma do gorila do que ao do chimpanzé - e 15% do genoma do chimpanzé é mais próximo ao genoma do gorila do que ao do humano.

"Nossas descobertas mais significativas revelam não apenas diferenças entre as espécies refletindo milhões de anos de divergências evolutivas, mas também similaridades nas mudanças em paralelo ao longo do tempo desde seu ancestral comum", disse Chris Tyler-Smith, do Britain's Wellcome Trust Sanger Institute.
"Descobrimos que gorilas compartilham muitas mudanças genéticas paralelas com humanos - incluindo a evolução de nossa audição".

"Cientistas sugeriram que a rápida evolução dos genes de audição dos humanos estava ligada à evolução da linguagem. Nossos resultados colocam isso em questão, já que os genes de audição evoluíram em gorilas na mesma proporção que nos humanos".

Os próprios gorilas começaram a se dividir em dois grupos, o gorila da planície oriental e o gorila da planície ocidental, cerca de um milhão de anos atrás.

O estudo joga um balde de água fria naqueles que defendem a noção de que a separação entre espécies de primatas ocorreu de maneira abrupta, em um período relativamente curto.
Na verdade, o processo foi longo e muito gradual.

Havia provavelmente uma quantidade razoável de "fluxo gênico", ou um cruzamento entre linhagens genéticas levemente diferentes, os dois antes que os gorilas se separassem dos outros macacos e antes que os próprios gorilas se dividissem em duas espécies.

Poderia haver um paralelo na separação entre chimpanzés e bonomos, ou entre humanos modernos e Neanderthais, afirmam os autores.

Uma nova teoria sobre Neanderthais é que eles eram mais do que primos próximos - o H. sapiens ocasionalmente cruzava com eles e incorporou alguns de seus genes nos humanos modernos.

Os próprios Neandherthais se extinguiram como uma espécie separada há cerca de 40 mil anos, dizimados quer por uma mudança climática ou devido ao próprio H. sapiens, de acordo com algumas hipóteses.
A amostra de DNA foi retirada de uma gorila da planície ocidental chamada Kamilah.

Depois de prosperar por milhões de anos, os gorilas sobrevivem hoje em apenas algumas poucas populações ameaçadas da África central, e sua quantidade diminui devido à caça e à perda de habitat.

"Bem como nos ensinar sobre evolução humana, o estudo dos grandes macacos nos conecta a um tempo no qual nossa existência era mais tênue, e, ao fazer isso, ressalta a importância de proteger e conservar estas espécies notáveis", afirma o estudo.

Maior fóssil de aranha já encontrado é descoberto na China

20 de abril, 2011 http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/



Fêmea de 165 milhões de anos tinha 15 centímetros com patas abertas

Cientistas encontraram na China a maior aranha fossilizada já registrada, chegando a 15 centímetros de envergadura com suas patas abertas.

A fêmea, que viveu há cerca de 165 milhões de anos, faz parte do gênero Nephila, cujos espécimes são conhecidos pelas teias fortes e de tom dourado que produzem. Estas aranhas são encontradas em regiões tropicais e subtropicais.

Segundo a revista científica Biology Letters, onde foi publicada o estudo, o fóssil foi encontrado na região da Mongólia Interior. Os pesquisadores batizaram o animal de Nephila jurassica

O professor de Paleontologia da Universidade do Kansas (Estados Unidos) Paul Selden, que participou do estudo, disse à BBC que o corpo da Nephila jurassica não é o maior, mas ao considerar as suas patas, ela se torna a aranha fossilizada de maior tamanho já encontrada. 

Até então, o fóssil mais antigo do gênero Nephila tinha 35 milhões de anos. A nova descoberta faz com que a existência deste gênero seja revista para o Período Jurássico, o que torna a aranha a mais antiga Nephila já registrada.

É impossível determinar com certeza como morreu este aracnídeo fossilizado. A possibilidade mais forte seria um desastre natural.

A aranha foi encapsulada em cinza vulcânica no fundo do que teria sido um lago. A cinza teria, segundo o estudo, arrancado o animal de sua teia e o encoberto. Os detalhes preservados no fóssil impressionam os cientistas.

"Você vê não somente os pelos das patas, mas pequenas coisas, como a trichobothria (pequenas estruturas em formato de pelo que servem para detectar vibrações do ar)", afirma Selden. 

 
Fêmeas atuais do gênero Nephila são imensamente maiores que machos


DIRFORMISMO
 
As fêmeas de Nephila existentes hoje em dia tecem algumas das maiores teias conhecidas, chegando a 1,5 metro de diâmetro. A sua grandeza contrasta totalmente com os machos deste gênero, que, de tão pequenos, fazem as fêmeas parecerem gigantes.

Esta disparidade de tamanho é um exemplo do que os biólogos chamam de dimorfismo sexual extremo.
Selden e seus colegas também querem descobrir se esta também é uma característica dos antigos espécimes de Nephila.

Segundo o professor, o espécime mais antigo até então era um macho do Período Cretáceo, encontrado na Espanha. Ele afirma que este animal tinha tamanho normal, considerando que as fêmeas atuais são gigantes.
"Parece que nós tínhamos este diformismo neste período tão antigo. Gostaríamos de encontrar um macho para confirmar isto. Todas as evidências sugerem que os machos tinham tamanho normal, mas ainda não localizamos nenhum."

terça-feira, 20 de março de 2012

Voltado a jovens, livro explica a origem das espécies; leia trecho

31/12/2011 - 16h00 http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/


 da Livraria da Folha
Texto baseado em informações fornecidas pela editora da obra.


O macaco é nosso primo e houve um tempo em que éramos muito semelhantes a esse nosso parente. Essa história de família começou a ser revelada em 1859, com a publicação da obra
"A Origem das Espécies", de Charles Darwin, e provocou uma verdadeira revolução na ciência.
Em linguagem clara e acessível, o livro "Foi Assim que o Homem Descobriu que o Macaco É Nosso Primo" apresenta o caminho percorrido por paleoantropólogos, biólogos, primatólogos e geneticistas para conhecer e estabelecer as origens de nossa espécie.

Ao longo da obra, textos complementares e informações e pequenas biografias facilitam o acompanhamento das ideias expostas no texto principal.

Para garantir o rigor das informações, o livro tem como conselheiro científico Pascal Picq, paleoantropólogo do Collège de France, além de ser recheado de ilustrações bem-humoradas e diversas imagens que tornam a leitura ainda mais agradável aos jovens. Confira abaixo um trecho do livro.

*

1. Uma história de família movimentada

Uma notícia mal recebida...

O homem é primo do macaco. Mais ainda: o próprio homem é o que se chama de um grande símio. Para muitos, hoje em dia, essa história não tem nada de escandaloso, nem mesmo de perturbador: é coisa sabida e aceita. Mas não faz muito tempo - uns 150 anos - que compreendemos nosso parentesco com os macacos. A novidade chegou de forma repentina e, na hora, não foi nada bem recebida: quase ninguém queria acreditar, e os que desconfiavam que ela tinha uma parte de verdade trataram de abafá-la o mais depressa possível.

Na Europa, continente em que a notícia foi dada, algumas pessoas ainda duvidavam de que o homem pertencesse ao reino animal. Assim, o inglês Charles Darwin causou um tremendo choque com a sua teoria da evolução, segundo a qual o homem não só faz parte do grupo dos animais como, ainda por cima, nem sempre foi homem: tem um ancestral em comum com os grandes símios atuais.

A teoria da evolução foi uma grande revolução para a ciência. Antes dela, apesar de a maioria dos cientistas acreditar que temos muitos pontos em comum com os grandes símios, eles ainda colocavam a origem desse fato nas mãos de Deus.

... e mal interpretada

Para complicar ainda mais as coisas, começaram a entender a mensagem de Darwin erroneamente, resumindo sua teoria com a célebre frase: "O homem descende do macaco". Isso não faz o menor sentido, e foi necessário um século para nos livrarmos dessa má interpretação.

Somente na década de 1960 é que nosso laço de família com os grandes símios foi corretamente entendido. E, mesmo assim, nem por todo mundo! A teoria da evolução desencadeou reações violentas, principalmente por não corresponder ao relato da criação da Bíblia. Ainda hoje há adversários à teoria de Darwin, que a combatem em nome da Bíblia.

No entanto, atualmente os cientistas lutam com armas diferentes das usadas no tempo de Darwin: os fósseis descobertos pelos paleoantropólogos, os genes decifrados pelos biólogos e, enfim, os comportamentos de nossos primos estudados pelos primatólogos.

A família dos grandes símios é antiquíssima e suas origens remontam a milhões de anos, mas só a descobrimos recentemente. A história desse encontro é movimentadíssima e ainda não terminou...

2. Os grandes símios chegam à Europa

"Ele é negro de corpo e de pelos..."

Esqueça o que você viu na televisão, no cinema ou nos livros, descarte suas visitas ao zoológico, faça como se nunca tivesse nem sequer imaginado a existência dos grandes símios e ponha-se na pele de um viajante europeu da época das grandes navegações, entre os séculos XV e XVI. Você está na África Ocidental e, de repente, dá de cara com um chimpanzé, um bicho que nunca tinha visto e do qual nunca tinha ouvido falar. Você talvez o descrevesse como este viajante, citado por um contemporâneo seu, o tipógrafo Valentim Fernandes:

"Encontramos aqui um animal que se parece em tudo com um homem: ele é negro de corpo e de pelos, mas tem o rosto branco, e caminha ora sobre quatro patas, ora sobre dois pés, e é a coisa mais enganadora do mundo e a mais impressionante que há."

"Um animal que se parece em tudo com um homem", mas que não é um homem. É precisamente isso que vai perturbar todos os viajantes que encontram os grandes símios nesse período de muitas mudanças, em que os europeus acabam de fechar a porta da Idade Média e começam a descobrir o mundo.

As grandes descobertas

No fim do século XV, começam as grandes explorações marítimas (Cristóvão Colombo chega à América em 1492) e a Europa sai de mil anos de retração.Desde essa época, os europeus se instalam ao longo da costa da África Ocidental, nas Américas e no oceano Índico. Os portugueses, povo de navegadores apertados num pequeno território, são os primeiros a se lançar na aventura. O principal interesse dessas expedições marítimas é o acesso direto a mercadorias que não existem na Europa, como ouro e especiarias. Claro que a conquista de novas terras é bem-vinda.

Mas os navios não voltam carregados apenas de produtos comerciáveis: os navegantes trazem também, em malas, jaulas e gaiolas, um sem-número de plantas e animais desconhecidos. Essas "lembranças de viagem" deixam os estudiosos perplexos e abalam sua visão da natureza...

Mamíferos levaram 24 mi de gerações para ter tamanho de elefante

02/02/2012 - 16h46 http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/

DE SÃO PAULO

A velocidade com que pequenos mamíferos se desenvolveram até chegar a sua maior massa demandou milhares de gerações, indicam dois pesquisadores.


Isso equivaleria a dizer que um animal do tamanho de um rato chegou ao de um elefante em um período que envolveu nada menos que 24 milhões de gerações.

"Nosso trabalho demonstra, pela primeira vez, o quão rápido as mudanças mais significativas no tamanho físico ocorreram na história dos mamíferos", comentou Alistair Evans, biólogo evolucionista da Universidade Monash (Austrália) que liderou uma equipe formada por 20 biólogos e paleontólogos.

A pesquisa, publicada na revista científica "PNAS", analisou 28 diferentes grupos de mamíferos --entre elefantes, rinocerontes, hipopótamos, carnívoros e baleias-- dos quatro grandes continentes (África, Eurásia e América do Sul e do Norte), além de bacias oceânicas que conservaram informações dos últimos 70 milhões de anos.

A baleia foi o animal que aumentou duas vezes mais rápido do que os mamíferos terrestres. "Isso provavelmente porque é mais fácil ser grande dentro d'água", comentou o coautor do estudo, Erich Fitzgerald, do Museu Victoria, na Austrália.

Já o processo de redução --ou "encolhimento"-- se mostrou muito mais rápido, em "apenas" cem mil gerações.

A justificativa estaria no fato de as pequenas ilhas oferecerem um limite de recursos, o que teria influenciado no modo como os bichos se desenvolveram. "Quando você fica menor, precisa de menos alimentos e pode se reproduzir com mais rapidez, o que é uma vantagem real nesses locais", explicou Evans.

Dinossauro seduzia parceira com penas brilhantes 130 milhões de anos atrás

09/03/2012 - 15h36 http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/







Jean-Louis Santini
Em Washington

Paleontólogos chineses e americanos afirmaram que a plumagem de um pequeno dinossauro, que viveu há 130 milhões de anos, brilhava. Esta é a primeira evidência de que esta característica desempenhou um papel-chave na sedução e na evolução das espécies.

Segundo um estudo publicado nesta sexta-feira (9) na revista Science, a iridescente plumagem deste microrraptor de quatro asas, carnívoro e parecido com um corvo, que vivia nas árvores do atual norte da China, tornava-o atraente no momento do acasalamento, como ocorre com as cores em aves modernas.

A pesquisa se baseou em um fóssil de microrraptor, descrito pela primeira vez como espécie em 2003, encontrado em 2010 no noroeste da China. O fóssil permite perceber o esqueleto de um dinossauro de quatro asas com uma longa cauda, parecida com um dos membros posteriores, adornada com penas diversas, quase tão longas quanto as penas das asas.

"O que temos aqui é um novo espécime desta espécie que prova a evidência mais antiga de iridescência em um dinossauro", disse uma das autoras do estudo, Julia Clarke, professora de paleontologia da Universidade do Texas, em Austin (Sul).

A iridescência, uma propriedade de determinadas superfícies que permite refletir as cores do arco-íris, está presente em muitos insetos, como borboletas, alguns peixes e aves, que devem suas cores peroladas a este fenômeno.

"Os pássaros existentes hoje usam suas penas coloridas para muitas coisas que vão desde o voo, camuflagem, termorregulação e sedução sexual", explicou à AFP Matt Shawkey, um professor de biologia na Universidade de Akron (Ohio, norte), que também participou do estudo.

Esta descoberta mostra que "a iridescência das cores era importante para a sedução na evolução", contou.

O paleontólogo salientou a importância deste fóssil microrraptor, que representa "muito claramente uma transição entre dinossauros e aves, os quais têm muitas características morfológicas".

"As características únicas das asas deste microrraptor também nos ajudam a entender a origem do voo", acrescentou.

Dos dinossauros possui os dentes, o formato das patas e sua longa cauda ossuda e estreita, precisou o pesquisador.

"Tem havido muita especulação sobre como as funções das penas do microrraptor se formavam superfícies para ajudar no voo ou se serviram apenas para seduzir", disse outro autor do estudo, Mark Norell, do Museu Americano de História Natural.

"Apesar de determinar a cor do animal, o mais importante foi descobrir que o microrraptor, como muitas aves modernas, provavelmente usava a sua plumagem ornamentada para dar sinais visuais para outros membros de sua espécie", explicou.

Graças a microscópios eletrônicos de varredura, os pesquisadores puderam analisar a forma dos menalossomas, células que produzem melanina, o pigmento que protege a pele da radiação solar, e, portanto, deduzir as cores produzidas.

"Com a descoberta de vários fósseis de pássaros, plantas e flores, sabemos que o Cretáceo (que começou há cerca de 145 milhões de anos e terminou há 65 milhões de anos) era um mundo colorido, e também descobrimos que o microrraptor tinha cores peroladas", ressaltou Ke-Qin Gao, da Universidade de Pequim, também autor do estudo.

"Há alguns anos atrás teria sido inconcebível conduzir uma investigação como esta", acrescentou.