domingo, 11 de novembro de 2012

Cientistas descobrem fósseis de nova espécie de hominídeo na África



Fóssil do Australopithecus afarensis; à direita, as costas da ossada (Foto: Divulgação/Dikika Research Project)



Pesquisa publicada na 'Science' analisou ossos dos ombros de hominídeo.
Fóssil foi comparado a macacos, humanos e outros ancestrais do homem.


Pesquisadores da Academia de Ciências da Califórnia e da Universidade Midwestern, ambas nos Estados Unidos, analisaram ossos dos ombros de um dos mais conhecidos ancestrais do homem moderno, o Australopithecus afarensis. O estudo sugere que, apesar de bípedes, os hominídeos costumavam escalar árvores com frequência, com estilo de vida parcialmente arbóreo.

A pesquisa foi publicada no site da revista "Science" nesta quinta-feira (25). Por muito tempo, o Australopithecus afarensis foi considerado o ancestral mais antigo do homem. A ossada mais famosa deste hominídeo foi descoberta na década de 1970 e ficou conhecida como "Lucy".

O fóssil estudado desta vez é conhecido como "Selam", fêmea de Australopithecus afarensisque viveu há cerca de 3,3 milhões de anos, segundo os cientistas.

Os ossos dos ombros foram mapeados e digitalizados para facilitar a análise. Eles foram comparados com ossos de outros ancestrais do homem, como o Homo ergaster, o Homo floresiensis e com vários primatas, como gorilas e chimpanzés, além de seres humanos.

Especificamente o local de encaixe para a articulação do ombro do Australopithecus afarensis apontava para cima, sinal de que eles eram escaladores, dizem os cientistas. A característica também é encontrada nos ossos dos macacos, mas não não acontece nos humanos. Em nossa espécie, o local de encaixe está voltado para a lateral, segundo os pesquisadores.

Além de subir em árvores, característica que aproxima o hominídeo dos macacos atuais, o estudo mostra que a anatomia dos ossos dos ombros do Australopithecus afarensis era similar na juventude e na fase adulta, sinal encontrado ainda hoje em espécies de primatas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário