terça-feira, 20 de abril de 2010

Colisor faz 10 milhões de mini-Big Bangs em 1 semana

08/04/2010 - 10h17 (www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/)

ROBERT EVANS
da Reuters, em Genebra (Suíça)
 
Os físicos do centro de pesquisas europeu Cern disseram nesta quarta-feira (7) que foram produzidos 10 milhões de mini-Big Bangs na primeira semana de operações.  
 
 
 

Suas colisões de partículas ocorrem a uma altíssima potência, em uma maratona investigativa sobre os segredos do cosmos. O porta-voz James Gillies afirmou que o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), no qual minúsculas partículas de matéria são esmagadas em frações de segundo à velocidade da luz, estava funcionando extremamente bem.

"Tudo parece muito bom. Estamos obtendo um grande número de dados para analistas de laboratórios de todo o mundo, mesmo que levem meses ou anos para que surja algo de fato novo", afirmou Gillies.

Autoridades do Cern, o Centro Europeu para Pesquisas Nucleares, estão ávidas para superar as duas primeiras semanas de funcionamento em alta potência.

Em 2008, um lançamento anterior do LHC, a uma potência menor teve de ser paralisado por causa de um grande vazamento de uma solução de resfriamento depois de 10 dias.

O LHC possui um anel de 27 quilômetros, situado sob a fronteira entre Suíça e França, perto de Genebra.

 
Colisões

Os cientistas que o observam disseram que se registram agora cem colisões por segundo, o dobro da quantidade observada no primeiro dia de atividade em alta potência na semana passada.

Os feixes de partículas primeiro foram injetados para dentro do LHC e então colidiram a uma energia inédita de 7 tera -- ou 7 trilhões -- de eletronvolts (TeV) no dia 30 de março, no que os cientistas afirmam ter sido um avanço gigantesco na pesquisa sobre o cosmos.

As colisões criam simulações numa escala minúscula do Big Bang, a explosão primária ocorrida há 13,7 bilhões de anos da qual teria surgido todo o cosmos -- com suas galáxias, estrelas, planetas e enfim a vida, assim como as leis universais da física. 
 
Ao rastrear como as partículas se comportam após colidirem, os pesquisadores do Cern esperam desvendar segredos do cosmos tais como a formação da matéria escura, ou invisível, por que a matéria ganhou massa e se há mais dimensões além das quatro que já conhecemos.

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