terça-feira, 22 de setembro de 2009

Datação por Carbono-14


(alterado do site http//:www.scb.org.br, por Dimítri de Araújo Costa*)

Todos os processos até hoje idealizados para justificar a evolução são muito lentos, portanto, o tempo se torna um dos fatores imprescindíveis nesse modelo. Não se pode conceber o processo da evolução em um período de tempo muito curto. A evolução requer bilhões de anos, e esta imensa porção de tempo Darwin encontrou à sua disposição na filosofia uniformitarista de James Hutton.

Entretanto, uma das técnicas mais utilizadas atualmente para a datação de fósseis é a por Carbono-14. O Carbono existe em três formas: carbono-12 (abundante), carbono-13 (muito raro) e carbono-14 (raro). O carbono-14 (C-14), utilizado para datação, é radioativo, isto é, ele se desintegra. Portanto, ele tem uma meia vida. Meia vida é o tempo que seria necessário para que metade de uma quantidade inicial se desintegrasse. Por exemplo, quanto tempo demoraria para que metade de um quilo de C-14 se desintegrasse? Resposta, 5730 anos. Esta é a meia vida do C-14 (NEWCOMB, R. C. 1990. Springer-Verlag).

Quando se data um fóssil utilizando-se esta técnica, compara-se a proporção de C-14 por C-12 encontrada no fóssil com o percentual moderno encontrado na atmosfera hoje. Hoje, para cada um trilhão de átomos de Carbono, um é C-14. Por ser uma proporção tão pequena, pode-se ver que a quantidade de C-14 encontrada num ser vivo não é muito grande e sendo que a meia vida é de apenas 5730 anos, não demoraria muito para que todo o C-14 contido num fóssil se desintegrasse. Pressupõe-se que a taxa de produção do C-14 deve ter sido relativamente constante ao longo da história da terra, devido que as quantidades de C-14 presentes em reservatórios geofísicos (incluem a atmosfera, os oceanos, a biosfera e os sedimentos) devem ser constantes. Contudo este pressuposto tem sido questionado (BROWN, R. H. 1994. Origins; HESSHAIMER, V. et al. 1994. Nature; JOOS, F. 1994. Nature).

Isto seria completamente invalidado para material que estivesse vivo antes do dilúvio, pois o dilúvio deve ter alterado drasticamente a concentração do C-14. Isto porque o C-14 antes do dilúvio estaria grandemente diluído em grandes quantidades de C-12 que agora está armazenado sob a forma de carvão mineral e petróleo (POST, W. et al. 1990. American Scientist). Isto reduziria grandemente a concentração de C-14 antes do dilúvio, fazendo com que uma amostra da época parecesse muito mais velha do que é realmente.

De acordo com esta interpretação, se plantas que viveram antes do dilúvio fossem datadas por C-14 usando os padrões atuais, pareceriam muito mais antigas mesmo quando ainda vivas. Isto significa que em um dilúvio mundial devem esperar encontrar idades muito maiores para organismos que viveram antes do dilúvio. O mesmo se aplicaria às plantas e animais que viveram logo após o dilúvio, antes que o novo nível de concentração de C-14 fosse atingido.

O Dr. Jonh R. Baumgardner (los Alamos Laboratory), baseado em 90 amostras de material biológico e não-biológico do período fanerozóico desde o período Pré-Cambriano (600 milhões de anos) até o cenozóico (2 milhões de anos) concluiu em seus dados que o material biológico (fósseis) possuía a mesma quantidade de C-14 residual, implicando que todos eles foram fossilizados num mesmo evento na história. Além disso, as amostras do material não-biológico (carvão) possuíam idades entre 40 e 60 mil anos. Conclui-se que o método de datação radiométrica (Urânio-Túrio, U/TH) que atribuía idades entre 40 e 350 milhões de anos estava equivocada.

Estes resultados colocam em dúvida as idades produzidas pelos métodos convencionais que produzem milhões de anos. Resultados práticos destes estudos mostram que um único evento nem passado não muito distante seria a causa dos milhões de fósseis encontrados no planeta, o que implica diretamente que todas as formas de vida encontradas do registro fóssil são contemporâneas.

Referências:

BROWN, R. H. 1994. Compatibility of biblical chronology with C-14 age. Origins. 21:66-79.

HESSHAIMER, V., HELMANN, M., LEVIN, I. 1994. Radiocarbon evidence for a smaller oceanic carbon dioxide sink than previously believed. Nature. 370:201-203.

JOOS, F. 1994. Nature. 370: 181-182.

NEWCOMB, R. C. 1990. Absolute age determination. Berlin and NY: Springer-Verlag, 162-180.

POST, W. M. et al. 1990. The global carbon cycle. American Scientist. 78:310-326.

2 comentários:

  1. Olá.
    Graça e Paz!
    Dei uma passada aqui e gostei do tema do teu blog.
    Aproveito para indicar a leitura do livro "Não tenho fé suficiente para ser ateu", se já não tiver lido. Vai te ajudar bastante nesta saga pelo criacionismo.

    Deus o abençoe.

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  2. Texto extraordinário!

    Parabéns pelo trabalho no blog. Já estou seguindo.

    Aproveito para lhe convidar a conhecer o meu blog, e se desejar segui-lo, será uma honra.

    Seus comentários também serão muito bem-vindos.

    www.hermesfernandes.blogspot.com

    Saudações fraternas!

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