terça-feira, 17 de abril de 2012

Evolução de bactérias











cortesia de Max Wisshak
 
Imagem da caverna de Lechuquilla


http://www2.uol.com.br/sciam/noticias

Pesquisa sugere que resistência de microrganismos a antibióticos pode ser inata

por Katherine Harmon

A culpa de muitas cepas nocivas de bactérias se tornarem resistentes a classes inteiras de antibióticos costuma recair sobre o uso abusivo de fármacos e sobre pecuaristas zelosos com o trato de seus animais . Todavia, a capacidade de se defender de antibióticos pode ter origens profundas na história evolutiva das bactérias. Um novo estudo descobriu, em uma caverna de 4 milhões de anos, dezenas de espécies resistentes a antibióticos naturais e sintéticos.

Uma equipe de pesquisadores adentrou 400 m na distante e pouco visitada caverna Lechuguilla, no Novo México, para coletar amostras de bactérias. Como poucas pessoas chegaram às regiões mais profundas desde sua descoberta, em 1986, e a água da superfície leva milhares de anos para se infiltrar através da rocha densa da formação Yates até a caverna, a área é primordial para se estudar a resistência natural a antibióticos, observaram os pesquisadores ao publicar os resultados on-line em 11 de abril na revista PLoS ONE.

“Nosso estudo mostra que a resistência a antibióticos é inata nas bactérias”, relatou em declaração oficial o diretor do Michael G. DeGroote Institute for Infections Disease Research da McMaster University e coautor do novo estudo, Gerry Wright. “Pode ter milhões de anos de idade."

Membros da equipe também mostraram recentemente evidência genética de resistência a antibióticos em bactérias de solo de 30 mil anos atrás. Outros estudos descobriram sinais de resistência em seres encontrados no fundo do oceano e bem abaixo da superfície da Terra. Em ambos os casos, assim como na Caverna Lechuguilla, é improvável que microrganismos locais tenham sido contaminados por antibióticos modernos.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário